BIG DATA - Aplicação na saúde brasileira
O
termo Big Data está diretamente relacionado a uma quantidade de dados
suficientemente grande que leva a uma mudança nas formas tradicionais de
análise de dados. Nesse contexto, vale ressaltar que atualmente, um dos grandes
desafios na área computacional é a manipulação e processamento de grande
quantidade de dados no contexto de Big Data. Na área da saúde, não poderia ser
diferente.
O uso
do Big Data na área da saúde tem criado várias demandas, haja vista que há um
crescimento do número de estudos multicêntricos e uma pressão pela
transparência dos gastos públicos, aumentando assim, a quantidade de dados
disponíveis. Nesse sentido, Filho, 2015, reitera que a tendência é que haja um
aumento por especialistas desta área, podendo trazer enormes oportunidades para
os epidemiologistas, que são os profissionais com experiência em análise de
dados em saúde.
Apesar
da implantação do Big Data na área da saúde estar apenas começando, já é
possível apresentar atuações na área da saúde. Como? Há
três áreas prometedoras para os próximos anos: a medicina de precisão, os
prontuários eletrônicos do paciente e a internet das coisas.
A
primeira, refere-se à mensuração de grandes médias, ou seja, o Big Data
auxiliaria na indicação de medicações apenas para indivíduos para os quais o
medicamento verdadeiramente funcione.
Já
no âmbito do prontuário eletrônico, essa tecnologia propiciaria no uso
integrado do prontuário eletrônico do paciente, permitindo assim, o uso remoto
do mesmo prontuário por todos os estabelecimentos e profissionais de saúde.
Isso otimizaria a transferência, a atualização e a compreensão das informações,
ou seja, tenderia a otimizar o tempo no preenchimento, a diminuição do viés de
esquecimentos, a completitude das informações e o seu potencial para uso em
pesquisas científicas.
Por
último, a internet das coisas. Ela promete que os objetos de uso diário
estariam de alguma forma, conectada à internet. No âmbito da saúde, é possível
citar como exemplo, o uso de wearables,
objetos eletrônicos conectados ao corpo, que podem identificar a iminência de
infartos e acidentes vasculares, antes do próprio indivíduo. No caso de idosos, por exemplo, se
o chão da casa tiver um sensor conectado à internet, uma queda brusca de um
corpo poderá gerar um alerta automático para os cuidadores do idoso e, em
situações críticas, para o próprio sistema de saúde.
Dentro desse contexto, é importante
destacar a importância do sigilo das informações e privacidade, que é um
desafio no uso de big data. O risco de uma grande quantidade de dados
confidenciais ser roubada e divulgada, será cada vez mais real. Uma saída seria
a conscientização dos cientistas sobre a importância da privacidade e o
desenvolvimento de protocolos de segurança cada vez mais rigorosos.
Na área da saúde, a análise e
implantação do Big Data encontra-se em um ponto de aceleração. Além de se
tratar de um
problema de solução fácil, já que a quantidade de dados usada pelas pesquisas
aumenta a cada ano. Sendo assim, este estudo não se esgota aqui, havendo a
necessidade de um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto por parte dos
profissionais da área da saúde e de tecnologia da informação.
Isabella Celeste Moura
REFERÊNCIAS:
BARCELOS,
ACG. Estamos longe de chegar ao limite do Big Data. Disponível
em <
http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2014/03/estamos-longe-de-chegar-ao-limite-do-big-data.html>
Acesso em 15 de novembro de 2017.
FILHO,
ADPC. Uso
de big data em
saúde no Brasil: perspectivas para um futuro próximo.
Revista Epidemiol.
Serv. Saúde, Brasília, abr-jun, 2015.
VIEIRA
et al. Bancos
de Dados NoSQL:
Conceitos, Ferramentas, Linguagens e Estudos de Casos no Contexto de Big Data.
Simpósio Brasileiro de Bancos de Dados – SBBD, 2012.
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